Muitas vezes, alguns gestores de
empresas caem em uma armadilha que já se tornou hábito nas organizações: a de
pensar que a única forma de tornar a empresa mais competitiva, com um menor
custo, se dá apenas pela redução de pessoas. Obviamente, ter um headcountenxuto, e que consiga atingir os
objetivos pré-estabelecidos, faz total sentido, mas, não se pode esquecer de
que a otimização e a melhoria contínua nos processos são alternativas que
trazem resultados significativos, se conduzidas de maneira integrativa e
eficiente.
Já ouvimos várias vezes a frase
do tipo: “como nunca vimos isso antes?”, estamos várias horas por dia
acompanhando esse processo, e alguém de fora, em tão pouco tempo já visualizou
tal situação de melhoria e otimização...
Isso ocorre por que as pessoas
são consumidas pelas rotinas, e muitas vezes pela conformidade de que da forma
com que está se executando determinado processo é a melhor possível, e também
pelo fato de existirem pessoas com capacidade muito aguçada de ter visão de
processos, visão enxuta e de identificar desperdícios que apenas oneram os
resultados.
Alguns exemplos de desperdícios, classificados
de acordo com os 8 desperdícios da Filosofia Lean, que ocorrem nos processos das
organizações são:
Superprodução
- Expedição de quantidades
maiores do que as solicitadas pelo cliente;
- Adiantamento de
atividades;
- Falta de coordenação entre
a demanda e a produção;
- Arranjo físico inadequado
levando a formação de grandes lotes de movimentação.
Estoque
- Estoques “pulmão” entre
processos além do necessário;
- Compra de matéria-prima em
quantidade maior do que a necessária;
- Produzir grandes lotes
acima das necessidades imediatas dos clientes.
Espera
- Espera por um caminhão que
está atrasado;
- Embaladores aguardando a
separação dos materiais;
- Atividades paradas devido
à falta de informações.
Defeitos
- Entregar produtos no
momento e local errado para o cliente;
- Separação errada de
materiais a serem entregues para o próximo processo, com falta, excesso ou
produtos trocados;
- Avaria dos materiais durante o
transporte.
Transporte
- Transporte de um produto
para um centro de distribuição (CD) distante da fábrica e depois o retorno dele
para um cliente próximo a região da fábrica;
- Supermercados de materiais
longe dos pontos de consumo.
Processamento Desnecessário
- Criação de processos que
não agregam valor, muitas vezes devido a sistemas de informação mal
parametrizados;
- Múltiplas conferências dos
produtos: no fornecedor, no cliente e internas;
- Uso de ferramentas
inadequadas aos processos.
Movimento Improdutivo
- Carregar e descarregar
caminhões manualmente;
- Procurar itens gerados
pela má organização dos estoques;
- Movimento de materiais e
de operários decorrente de grandes estoques.
Intelectual
- Esforço humano que não
acrescenta nenhum valor ao produto ou serviço do ponto de vista dos clientes;
- Não uso das habilidades
mentais, criativas, e físicas das pessoas;
- Falta de integração entre
as áreas;
- Não ouvir as ideias.
São inúmeros os exemplos que
podem ser dados quanto aos desperdícios e oportunidades de melhorias, os quais
aumentam a certeza de que saber atingir resultados por meio de ferramentas e
metodologias estruturadas é um grande diferencial, e faz com que se busque,
constantemente, alternativas para tornar as organizações cada vez mais
competitivas e preparadas para os desafios que surgem no dia-a-dia.
Isso faz com que cada vez mais
aumente a busca por profissionais que estejam em constante aprimoramento e
desenvolvimento de competências, que sabem que para chegar a lugares
diferentes, precisam, muitas vezes, fazer as coisas de forma diferente.
Texto escrito por: Mauricio Johnny Loos.
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